quinta-feira, 27 de outubro de 2011

Sentença justíssima!!!!

 
Justiça argentina anuncia sentença contra participantes de centro de exterminio
 
14 Jul 2011 . 16:20 h . Agência France Press . portal@d24am.com
 
 
Dois ex-militares e cinco ex-policiais estão sentados no banco dos réus, mas o coronel Pedro Durán Sáenz, quem comandou esse
centro clandestino durante a ditadura (1976/83), faleceu em junho, no meio do julgamento.
 
 
BUENOS AIRES - A justiça argentina deve ditar sentença, nesta quinta-feira, por crimes contra a humanidade cometidos no centro de
detenção "El Vesubio", onde desapareceram o escritor Haroldo Conti, o roteirista Héctor Oesterheld, a alemã Elisabeth Käsemann e os
franceses Françoise Dauthier e Juan Soler.
 
Dois ex-militares e cinco ex-policiais estão sentados no banco dos réus, mas o coronel Pedro Durán Sáenz, quem comandou esse
centro clandestino durante a ditadura (1976/83), faleceu em junho, no meio do julgamento.
 
O Tribunal Oral Federal número 4 de Buenos Aires vai anunciar a sentença contra o ex-general Héctor Gamen (84 anos) e o ex-coronel Hugo
Pascarelli (81), que acompanharam o julgamento em liberdade, e os detidos, ex-integrantes do Serviço Penitenciário (SPF) Ramón Erlán (65),
José Maidana (59), Roberto Zeolitti (63), Diego Chemes (57) e Ricardo Martínez.
 
O julgamento foi aberto em fevereiro de 2010 e diz respeito a 156 crimes, entre eles 17 fuzilamentos.
 
Por "El Vesubio" passaram 2.500 prisioneiros, entre 1976 e 1978, quando o centro foi demolido, ante a iminente chegada da Comissão
Interamericana de Direitos Humanos (CIDH).
 
Durante o processo, a promotoria pediu prisão perpétua para os dois ex-militares e 25 anos de prisão para os ex-funcionários do serviço
penitenciário.
 
O governo alemão, representado pelo advogado argentino Pablo Jacobi, apresentou-se como querelante pelo caso Käsemann, pedindo prisão
perpétua para os dois militares, e entre 21 e 11 anos para os demais acusados.
 
Käsemann, uma socióloga de 30 anos, nascida em Gelsenkirchen, filha do professor universitário e teólogo luterano Ernst Käsemann, foi
sequestrada em 1977 e esteve 8 semanas desaparecida até aparecer crivada de balas num terreno baldio, junto com outros 15 prisioneiros
de "El Vesubio".
 
A secretaria de Direitos Humanos e outros querelantes pediram que esses crimes sejam considerados "parte de um genocídio".
 
O escritor Haroldo Conti, o cineasta Raimundo Gleyzer e o roteirista Héctor Oesterheld, que também tevem quatro filhas desaparecidas,
foram vistos nesse campo, assim como Françoise Dauthier e Juan Soler, dois dos 18 franceses vítimas da ditadura.
 
Dauthier, nascida em 1946 na França, foi levada de sua casa, na periferia sul de Buenos Aires e trasladada a "El Vesubio" com suas
duas filhas menores, Natalia e Clarisa Martínez, de 18 meses e 3 anos, entregues depois aos avós.
 
Soler, um ex-sacerdote e operário da construção civil, tinha 42 anos quando foi sequestrado em sua casa, em abril de 1977.
 
"Estávamos todos machucados, sujos, esfarrapados e mortos de fome. No dia 23 de maio (de 1977) nos chamaram um a um e nos
levaram à cozinha (...) Foi a última vez que os vi", disse Elena Alfaro, uma das 75 sobreviventes do campo, ao prestar depoimento por
videoconferência, a partir de Paris.
 
Como em muitos outros centros de extermínio, também lá houve mulheres grávidas que deram à luz em cativeiro antes de desaparecerem,
como María Trotta e Rosa Taranto, cujos filhos roubados ao nascer recuperaram a identidade em 2007 e 2008, respectivamente.
 
"El Vesubio" funcionou num prédio da SPF na periferia sudoeste de Buenos Aires, na jurisdição do Primeiro Comando do Exército,
do temido general Carlos Suárez Mason, já falecido.
 
A causa foi reaberta em 2003, depois que o Congresso anulou as leis de anistia de 1986 e 1987.
 
Cerca de 30.000 pessoas desapareceram durante a ditadura, segundo organismos humanitários.
 
 
 
Cerca de 30.000 pessoas desapareceram durante a ditadura, segundo organismos humanitários. segundo organismos humanitários.
 

Até que enfim...JUSTIÇA

ARGENTINA: EX-DITADORES VÃO A JULGAMENTO

Nos últimos meses a justiça vem interrogando militares que ocuparam posições de comando durante a ditadura, pois, apesar da anistia,
a justiça considera que não há impedimento para que os militares forneçam informações sobre os desaparecidos políticos. As famílias de 2
mil desaparecidos pretendem descobrir os lugares onde seus parentes estão enterrados ou se seus corpos foram destruídos ou jogados
no Rio da Prata.
A vida política Argentina voltou a se agitar na última semana, quando a justiça decretou a prisão de dez militares que, no período da
ditatorial (1976 - 83) estiveram envolvidos com a "Guerra Suja". O processo iniciado pelo juiz Adolfo Bagnasco baseia-se no fato de
que os líderes militares não só tinham consciência, como planejaram o "roubo de bebes", nascidos nas prisões políticas.
Existem evidências de 240 casos registrados de filhos de desaparecidos políticos que foram seqüestrados com seus pais.
Destes, 66 foram encontrados por suas famílias biológicas nos últimos anos.
Durante a ditadura militar , muitos desaparecidos foram seqüestrados com filhos muito pequenos. Algumas mulheres seqüestradas
estavam grávidas e seus filhos nasceram nos vários centros clandestinos de detenção. Essas crianças foram entregues a pessoas
intimamente relacionadas com a ditadura militar .
É sabido que existiam listas de espera para a adoção dos bebes nascidos nas prisões. Nos principais casos conhecidos, as mães
dessas crianças foram assassinadas.
Dessa maneira, o juiz Bagnasco pretende reabrir os processos contra os militares, anulando a anistia concedida durante o governo de Carlos Menem.


A HISTÓRIA

INSTABILIDADE E ASCENSÃO MILITAR


A história da Argentina foi marcada por grande instabilidade política e por constante intervenção dos militares na organização política.
Após a Segunda Guerra, a economia do país retraiu-se, pois baseava-se no fornecimento de matérias primas e alimentos às potências
aliadas, aumentando a dependência em relação aos EUA, que ao mesmo tempo ampliavam sua influência política, justificada pela Guerra
Fria. Desta forma as intervenções militares passaram a se utilizar do pretexto anti comunista, fato que explica a deposição de Juan Domingo
Perón. Se por um lado Perón era um homem de origem militar, por outro, seu governo desenvolveu-se baseado no trabalhismo populista,
apoiado na estrutura sindical e por grupos de esquerda. O "Golpe Gorila" de 1955, pretendeu portanto manter o alinhamento argentino a
política do imperialismo norte americano do pós guerra.
Desde então a situação interna da Argentina manteve-se polarizada, tanto do ponto de vista político, como do ponto de vista econômico,
sendo que os peronistas adotavam uma postura nacionalista, de manutenção dos monopólios estatais sobre alguns setores da economia
enquanto que os não peronistas pretendiam a abertura da economia para o capital estrangeiro.





A DÉCADA DE 70

No início da década de 70, a crise econômica agravou-se, com a queda do PIB, aumento do desemprego, aumento inflacionário e
redução do salário real dos trabalhadores. Essa situação abriu caminho para a radicalização política e para ações guerrilheiras e para a
volta do peronismo ao poder.
Em 1973, Hector Cámpora, ex-secretário de Perón foi eleito para a presidência, porém renunciou 49 dias depois, possibilitando a eleição
de Perón e Isabel Perón. No entanto o peronismo já não era o mesmo e tornou-se impossível conciliar as diversas tendências surgidas em seu
interior. Havia surgido uma ala mais jovem, que acreditava que o peronismo pudesse ser "uma via Argentina para o socialismo", sendo responsável
a radicalização política e atraindo a violenta repressão do regime.
A morte de Perón em 1974, a manutenção da crise econômica, o agravamento das tensões sociais e o desenvolvimento de movimentos
guerrilheiros, foram responsáveis pelo golpe que depôs Isabelita em 1976, substituída por uma junta militar, encabeçada pelo General Jorge Videla.

 
 
 
 

quarta-feira, 26 de outubro de 2011

Assine

Meus Amigos,
 
Acabei de ler e assinar este abaixo-assinado online:
 
«aprovação do Projeto de Lei 267/11, da deputada Cida Borghetti (PP-PR), que estabelece punições para estudantes que desrespeitarem professores »
 
 
Eu concordo com este abaixo-assinado e acho que também concordaras.
 
Assina o abaixo-assinado aqui http://www.peticaopublica.com.br/?pi=Tania e divulga-o por teus contatos.
 
Obrigado.

sábado, 15 de outubro de 2011

Anos 70 - performance - Sesc Campos

 
 
 
Uma Performance multimídia com teatro, música e vídeo. Fatos que marcaram os anos 70 nos diversos segmentos: Arte, Política, Moda e Comportamento. Com Alexandre Ferram, Sidney Navarro, Paula Vigneron e Karin Klem. Direção Fernando Rossi.
quinta, 20 de outubro · 19:00 - 22:00SESC Campos – Entrada grátis